Escorria sobre o corpo as lágrimas do cinzento céu. Pequeninas gotas formavam um rio de lamentações naquela tarde de luto. Não se via alegria nas ruas, apenas o vazio, o cinza. O asfalto molhado e escorregadio deixava as ruas mas perigosas do que de costume. Tudo passava ar de tristeza. Tudo estava parado, menos aquela chuva. Milhares e milhares de gotas caindo sobre a cabeça do desiludido homem da ponte. Homem do qual não fora homem suficiente para suportar tanta dor. A dor de ter perdido tudo que se orgulhava, tudo que amava. Não se suportava mais depois daquele incidente. Não pensava mais, jogou tudo que lhe restava fora. Jogou suas forças, jogou seu corpo, jogou seu coração. Jogou sua vida para a tal chamada morte. Jogou-se, naquela tarde chuvosa, da ponte. Deixou o balanço das águas levarem seu corpo. Deixou a chuva lavar o que restou.
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domingo, 4 de março de 2012
Apenas voe.
Tão pequenino mas já queria voar.
Voar sem destino, para algum lugar.
Pensava no futuro, no futuro que logo chegaria.
Não esperava o tempo, porque o tempo não te esperaria.
Correu. Pulou. Voou.
Voou para longe. Muito longe.
Não olhou para traz.
Apenas foi.
Foi para longe.
Gravou o que de mais bonito viu.
Deixou o resto no caminho.
Sem rumo, sem destino.
Sabia e não sabia aonde chegar.
Apenas seguia a estrada para algum lugar.
E veio a tempestade e uma pausa teve que fazer.
Não queria perder tempo, mas o tempo teve que perder.
Tem momentos que temos que esperar, esperar e esperar.
Sem paciência não chegará em nenhum lugar.
A tempestade passou, e assim voou.
Voou.
Voou.
Voou.
Voo...
Vo...
V...
...
Em algum lugar chegou.
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