segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Gotas.

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     Cansado de tanto esperar debaixo daquela chuva fria, abaixou a cabeça para olhar as gotas pulando no asfalto. Tentando visualizar aquilo em câmera lenta, Marcela chegou por traz com o seu guarda-chuva e o abraçou.
     - Oi. – ela disse dando um sorrisinho tímido e em tom de desculpa.
     - Oi. – ele retribuiu de forma aconchegante mesmo com seus dentes batendo de frio.
     - Pensei que você não ia aparecer por causa da chuva. – ela abaixou a cabeça envergonhada.
     - Você devia saber que por mais que chova, eu cumpro um compromisso.
     - Bem...
     - Não diga nada.
     No mesmo instante ele se virou, colocou sua mão na cintura dela e a beijou. O frio que estava sentido parou naquele momento, e no envolto do beijo o guarda-chuva caiu. Não ligaram. Era um momento único. Aproveitaram o máximo.

Obrigada Tempo.

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Das reflexões da vida feitas antes de dormir, deduzi que se eu pudesse voltar no tempo eu não voltaria. Por mais que eu tenha acontecido muitas coisas ruins, se não tivesse acontecido eu não teria aprendido e nem me tornado o que sou hoje, e digo que sou melhor nesse presente do que no meu passado. Obrigada ao tempo que não para, que se parasse eu não estaria aqui.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O lamento.

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Nas profundezas do meu coração, no borbulho do meu sangue quente e vermelho, clamei por ajuda para quem passava perto. Ninguém. Estava sozinho no vazio. Passos aos montes, mas somente passos. Nenhum passo parou para me ajudar. Eu ainda ali, sangrando sem meus braços e uma das pernas, sem força. Só os rostos de desaprovação, mas nenhum rosto de preocupação. É normal? A morte não é uma coisa para ser observada ou elogiada. O coração do ser que passa é tão frio assim? Dos meus balbuciados ninguém ouvia. Fui me fechando, e lentamente apagando, até não ter mais forças de respirar. Apenas fui para onde não haveria tais criaturas tão egoístas e frias. Fui para onde o verdadeiro Ser Humano não clamava por ajuda, mas lamentava por não ter ajudado.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Não sei...

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     Porque quando mais quero você, você esta longe? Porque quando podemos estar juntos, não podemos estar juntos? Porque quando nos olhamos não saem palavras? Porque quando preciso te dizer algo, não sai o que quero dizer? Por que brigamos por tão pouco? Porque apesar de tudo, ainda gosto de você?

Por mais...

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     Por mais que você me esqueça, me abandone, me deixe ali para nunca mais; por mais que você não me de atenção, por mais que você não segure a minha mão, por mais que você não me olhe nos olhos e me diga te amo; por mais que eu seja tudo o que você não quer, por mais que não faça a mínima se estou presente; ainda sim, eu me derreto em seus braços, viajo com seus beijos, e não consigo esquecer o quanto sempre vou amar você.

Música tema do post: Eminem - Love The Way You Lie ft. Rihanna

Caçada.

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     Tentava escapar daquele mal entendido. Aquela garota e suas “servas” me seguiam aonde eu fosse, só porque em breve momento, elas me pegaram olhando para Felipe, um dos garotos mais cobiçados da escola, e namorado daquela vaca. De tantas meninas que ficavam babando e se arrastando aos pés daquela criatura, porque elas foram logo se cismar com a minha olhadinha discreta e tímida para ele? Talvez elas tivessem sentido o raiozinho de encontro do meu olhar com o dele. Sim. Ele também me olhou. Não pude esconder a minha cara pintada de roxa choque naquele momento, talvez isso me tivesse dedurado.
Uns três dias depois daquele “incidente”, ele terminou com aquela vaca. Não pude disfarçar o sorriso que estava pedindo para sair a muito tempo de felicidade quando recebi a notícia. *pulinhos sem sair do chão de felicidade*. Não era felicidade do tipo: agora ele é meu, muahahaha. Mas uma felicidade do tipo: finalmente aquela Vaca com V maiúsculo quebrou a cara.
     Da princesinha de sorte com suas súditas ridículas, ela se transformou na puta gostosa da escola que todos passavam a mão (definição do meu amigay para meninas patricinhas de filmes americanos, tipo ela).
Depois do O Fora, era possível de se esperar que eu, a protagonista, ficaria com o príncipe da história, porém decidi dar uma estampa na cara dele e o chutei. Fiquei com meu melhor amigo. Ele não era um príncipe, porém era um belo lobo mau, me vê melhor, me escuta melhor, e melhor de tudo, me come melhor.

O vermelho.

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     Renasci do inusitado. Meus olhos clamavam por luz depois de tanto tempo na escuridão. Lá estava aquela cor fulminante e desesperadora. O vermelho. Enchia meu corpo a cada minuto. Enlouqueci. Parado ali sem rumo, peguei-me pensando no vazio do meu coração, e finalmente me veio a clara certeza da minha Morte.